Feliz dia do circo!
Pode-se dizer que as artes
circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase cinco mil
anos em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia
era uma forma de treinamento para os guerreiros, de quem se exigia agilidade,
flexibilidade e força. Com o tempo, a essas qualidades se somaram a graça,
a beleza e a harmonia.
Desde criança sempre fui apaixonado
por circo. Me lembro a primeira vez que o circo veio à minha cidade e pedi para
minha mãe me levar até lá. Ela me disse para deixar de ser bobo e que quem
quisesse me ver, que viesse em casa.
Percebi meu talento para o
circo, quando com preguiça de lavar a louça consegui equilibrar cinco pratos em
cima de sete copos de vidro e mais algumas colheres e panelas dentro na pia. Aprendi
cedo a fazer malabarismo para ganhar uma grana no farol. O problema era só na
época de enchente que não dava para fazer malabarismo, apenas nado sincronizado na frente dos carros.
Sempre ouvimos dizer que o
Brasil é um grande circo. E faz sentido. Se olharmos ao longo da história
veremos alguns mágicos matando Mister M de inveja, com destaque para o tal de
José Adalberto Vieira da Silva, do PT, que conseguiu fazer aparecer cem mil
dólares em sua cueca. Eu no entanto, no máximo faço aparecer algumas manchas
marrons quando ando de bicicleta, mas ainda não identifiquei o que é. Acho que estou comendo muito chocolate.
Malabaristas e equilibristas
também têm seu espaço no cenário circense nacional. Várias pessoas se
equilibram em cargos públicos, mesmo envolvidos em todo
tipo de corrupção. Temos deputados e senadores agarrados nos cargos igual
carrapato se agarra no culhão do touro. Esses deveriam estar presos igual peido na frente do sogro.
Vemos muitos ilusionistas
prometendo coisas para o povo e o povo acreditando. Nessa época de crise vejo
muitos políticos prometendo mais trabalho em suas campanhas. Se fosse eu
prometeria mais férias, aí sim ganharia os votos. O trabalhador na maioria das
vezes tem menos controle da situação
que o homem-bala do canhão do circo. Brasileiro é tão azarado que se
comprar um circo, o anão cresce.
No Brasil medieval, ainda há
pessoas que moram em castelos, como o ex-deputado Edmar Moreira. Com seu
dinheiro suado, exatamente, o seu dinheiro suado, o meu dinheiro suado, o nosso
dinheiro suado, ele construiu um castelo avaliado em aproximadamente 30 milhões
de reais. Nada mais justo que alguém levar uma vida de rei num país onde há 200
milhões de bobos da corte. Certos deputados são mais perigosos que barbeiro com
soluço.
E assim como no circo, toda
palhaçada por aqui sempre acontece por debaixo do pano.
Por fim, não poderia
encerrar esse texto sem parabenizar o pessoal do circo. O circo da alegria, da
emoção e da força de vontade. Parabenizo a todos pelo lindo trabalho que admiro
e dedico o primeiro post desse blog.
Comentários